ESTADOS UNIDOS: 11/11/2011
REINO UNIDO: 2/12/2011
FRANÇA: 16/11/2011
ALEMANHA: 18/11/2011
ITÁLIA: 15/11/2011
BRASIL: 18/11/2011
ESPANHA: 29/11/2011
PAÍSES BAIXOS: 16/11/2011
BÉLGICA: 16/11/2011
DINAMARCA: 15/11/2011
FINLÂNDIA: 16/11/2011
NORUEGA: 16/11/2011
SUÉCIA: 16/11/2011
CHECA: 11/11/2011
GRÉCIA: 01/12/2011
HUNGRIA: 18/11/2011
ISRAEL: 11/11/2011
POLÔNIA: 11/11/2011
PORTUGAL: 11/11/2011
RÚSSIA: 10/11/2011
ÁFRICA DO SUL: 14/11/2011
SUÍÇA: 18/11/2011
TURQUIA: 15/11/2011
AUSTRÁLIA:16/11/2011
HONG KONG: 11/11/2011
JAPÃO: 16/11/2011
CORÉIA: 25/11/2011
FILIPINAS: 11/11/2011
TAIWAN: 11/11/2011
MÉXICO: 11/11/2011
CANADÁ: 11/11/2011
domingo, 2 de outubro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Feliz aniversário Tom Felton
Hoje, dia 22 de setembro de 2011 , o ator que interpreta Draco Malfoy , está completando 24 anos de vida. Ele nasceu em Londres e começou sua carreira com 8 anos. Em sua opinião , o melhor livro da saga é o Prisioneiro de Azkaban.
Tom fez o teste para interpretar Harry , porém perdeu pra Daniel Radcliffe , e ficou com o papel de Draco Malfoy , que não é pouca coisa!
A equipe do Pomo de Ouro deseja um feliz aniversário para Tom !
domingo, 18 de setembro de 2011
Natalia Tena não se importou muito com o fim de HP.
Natalia Tena, que interpretou Ninfadora Tonks em Harry Potter, disse que não se sentia triste com a saga estar chegando ao fim.
Ela afirmou :
"Eu sempre fui só dentro e para fora. Algumas pessoas estavam lá por anos, e meu personagem era muito pequeno nos filmes''
Natalia Tena também estará estrelando ao lado de ator de Harry Potter 'Matt Lewis (Neville) logo em Wasteland.
Imagine Só !
J.K Rowling sempre deixou claro que queria que a saga (Harry Potter) fosse filmada com atores britânicos, e assim foi feito. O site www.Celebuzz.com criou um vídeo de como seria se os atores fossem americanos, incluindo o trio Emma W. Rupert G. e Daniel R. ! 
Clique AQUI para ver o vídeo.
Clique AQUI para ver o vídeo.
J.K Rowling no Guiness Book 2012
Foi anunciado dia 13 de Setembro (2011) a lista de 2012 , J.K Rowling é recordista por ser a Primeira Autora Bilionária, os livros da série Harry Potter já venderam mais de 400 milhões de cópias ao redor do mundo.
Lembre-se de que não é a primeira vez que Harry Potter e J.K aparecem no livro , em 2009 , a saga teve uma seção exclusiva de três páginas intitulada "A Magia de Harry Potter" .
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Feliz Aniversario Evanna Lynch.
Hoje nossa querida Evy completa seus 20 anos, então porque não dedicar um post inteiro para a pessoa que deu vida a Luna Lovegood?
Parabéns evy, parabéns por ser essa pessoa maravilhosa que você é, por ser a pessoa mais radiante e inigualável que conheci, a pessoa mais forte e amável que já vi, parabéns por ser você. Obrigada por se minha estrela guia por todo esse tempo, obrigada por ser a melhor Luna do mundo, eu te amo muito.
Texto por: Pomo-De-Ouro
Vamos retomar e conhecer um pouco da historia dessa incrível garota que hoje se torna mulher:
Em 23 de janeiro de 2006, Evanna Lynch descobriu que tinha deixado para trás 15 mil garotas, de todo o Reino Unido, para o tão cobiçado papel de Luna Lovegood nos filmes de Harry Potter.
Evanna, que mora com sua família, é uma verdadeira fã de Harry Potter. Sua família confirma a “obsessão” e conta que a garota esperou horas por um exemplar autografado de Harry Potter e a Ordem da Fênix, por mais que ela tenha ganhado alta do hospital horas antes. A menina sempre foi fã de Harry Potter (mesmo antes de ganhar o papel de Luna.) e diz que releu os livros seis ou sete vezes.
Quando Evanna era menor, ela escreveu várias cartas para J.K. Rowling. Em uma delas, comentou o quanto adoraria atuar em algum filme da série, mas ela (Evanna) duvidava que isso fosse acontecer, porque ela morava num lugar pequeno e tedioso chamado Termonfeckin, onde nunca acontecia nada. E para a surpresa de Evanna, Rowling a respondeu (à mão!) dizendo “Não deve ser tão ruim em Termonfeckin, o lugar tem um nome brilhante! E eu vim de um lugar muito tedioso.”
A menina ouviu falar das audições para Luna Lovegood, em Harry Potter e a Ordem da Fênix, e soube que se ela não fosse, iria se arrepender para o resto de sua vida. Evanna sempre sonhou em interpretar Luna nos filmes. Então, a garota convenceu seu pai a levá-la a Londres, para a audição. Sua mãe não acreditava muito que a menina iria ganhar das outras 15 mil garotas.
Então, Evanna recebeu um telefonema três dias após ter feito o screen test (teste de elenco feito com gravação) dizendo que faria parte do elenco como Luna Lovegood. Desde então, a menina vai para a escola com dois seguranças. Curiosidades ::
- Evanna visitou fansites sobre si mesma, mas parou de visitar logo após, devido aos comentários negativos.
- Ela é vegetariana.
- Evanna aprecia os filmes dirigidos por Tim Burton.
- Ela mesma fez o par de brincos que usou no filme Harry Potter e a Ordem da Fênix, como Luna Lovegood.
- Uma vez, seus amigos gravaram-na atuando e mandaram para a Warner, mas, sem nenhum sucesso.
- A cama da Evanna é laranja, e tem frases dos livros escritas em turquesa.
- Ela tem uma gata chamada Luna. A gata teve filhotes, os quais, Evanna chamou de Dumbledore e Crookshanks (Bichento, em português.). Crookshanks, infelizmente, morreu.
Parabéns mais uma vez, querida Evana.
domingo, 14 de agosto de 2011
Entrevista com J.K. Rowling
Quais foram seus livros favoritos na infância?
O Cavalinho Branco, de Elizabeth Goudge. O tom é perfeito, uma mistura perfeita de contos de fadas e realidade. Também tem um protagonista, claro, que me agradou muito além das palavras, porque eu era uma menina muito normal e eu não tinha conhecido muitas heroínas literárias que não foram impressionantemente bonitas. Os parágrafos iniciais de O Cavalinho Branco estiveram comigo por toda a minha vida. Goudge disse que há três classes de pessoas neste mundo: os que encontram consolo na comida, os que encontram consolo na literatura e os que encontram consolo em objetos pessoais. Eu sei que eu li Little Women quando tinha oito anos, porque mudamos de casa um pouco depois, quando eu tinha nove anos. Naturalmente, de todo o coração me identifiquei com Jo March, a de ambição literária e que tem gênio ruim. Minha mãe tinha tudo escrito por Georgette Heyer, e assim eu também os devorei quando era uma pré-adolescente, e finalmente encontrei uma plena heroína (Phoebe, de Silvestre, que também resultou em escritora). Basicamente, eu vivia para os livros, e fui inspirada pelos personagens literários com os quais pude me identificar – eu era uma leitora ávida de biblioteca, de lugares comuns ou jardins, com sardas e óculos do Instituto Nacional da Saúde.
Livros Eletrônicos: Nêmesis ou Gênesis?
Gênesis. Não há razão para tentar parar o progresso, mas a impressão não vai morrer nunca, não há substituto para a sensação de um livro real. Adoro fisicamente virar as páginas, ser capaz de sublinhar passagens e não me preocupar se cair na banheira ou ficar sem energia. Eu também acho que os livros impressos são objetos de beleza, e não falo como uma colecionadora de objetos preciosos, de primeiras edições que não podem ser muito abertas para evitar danos, mas como alguém que adora um livro novo, brilhante, e o cheiro dos livros usados. No entanto, há momentos em que os livros eletrônicos são uma bênção. Esqueci de pegar para o meu filho menor um livro para antes de dormir quando estávamos longe de casa no ano passado, e realmente gostei da magia de ser capaz de baixar um em questão de segundos! Este verão será a primeira vez que levo cinquenta livros eletrônicos para ler enquanto estamos de férias, no lugar de levar uma mala com livros impressos.
Que palavra ou frase usa excessivamente, por escrito ou na vida?
Não estou orgulhosa de dizer que é provavelmente um palavrão do cotidiano. Quando escrevi os livros de Harry Potter, me agarrei ás palavras “passagem”, “corredor” e todas as demais relativas ao movimento de meus herois em torno do castelo de Hogwarts.
Existe algum livro que mudou sua vida? Se sim, como?
Bom, deixando de lado a resposta óbvia (Harry Potter e a Pedra Filosofal), teria que escolher Jessica Mitford e o livro Hons and Rebels. Minha tia-avó pensava que Jessica Mitford era uma personagem simplesmente deplorável e eu a ouvi dizer para minha mãe tudo sobre ela, quando eu tinha quatorze anos. Mostrei interesse de modo que a tia Ivy me deu uma cópia antiga da autobiografia de Mitford, sem dúvida, para afastá-la de sua biblioteca respeitável. Foi o livro mais perigoso que se pode dar a um adolescente insatisfeito que aprende o inverso; Jessica Mitford imediatamente se tornou minha heroína, eu li tudo que ela tinha escrito, e acabei colocando o nome dela na minha filha mais velha.
O que te anima ou te deprime no mundo da publicação atual?
Eu me sinto um pouco fora da onda nesse aspecto, por não ter publicado durante alguns anos. Meu agente disse que é um momento difícil para um desconhecido publicar, mas creio que se tem algo bom para mostrar, vai finalmente triunfar.
Os escritores sempre reclamam que têm pouco tempo. Entre as responsabilidades da família, trabalho, caridade e exigências editoriais, você pode encontrar um espaço criativo?
Tem que ser muito disciplinado. Na biografia maravilhosa de Collete, Segredos da Carne, Judith Thurman escreve que ser mãe é escrever, às vezes, ocupações conflitantes. Isso é verdade. Meus filhos vêm antes do meu trabalho, mas quando estou profundamente imersa em uma história, a escrita vem antes de responder aos emails e cartas, fazer chamadas, fazer trabalhos mundanos em casa – quase tudo. Disto se segue que eu tenho amigos extremamente pacientes e um marido maravilhoso e tolerante.
Você poderia descrever sua sala de leitura e o que ela tem de interessante?
Compartilho uma sala de estudo com meu marido, então existem dois equipamentos, um apoiado no outro, uma mesa para os dois, mas tenho um quarto só pra mim durante o dia. Meu lado da mesa é um perigo para a saúde. Ao meu redor existe, por exemplo, uma casca de laranja seca, uma caixa de plástico de mirtilos vazia, metade de um saco de pretzels salgados (faz duas semanas que está ali), uma caixa vazia que tinha colírio, vários livros de referência, um telefone fora de vista enterrado em pedaços de papel, jornais velhos, muitas penas (a maioria não funciona), um par de óculos quebrados e um brinco só. O resto do quarto é bom, mas não muito se depender do meu lado da mesa. Gostaria de culpar Neil por alguma coisa, mas realmente sou eu. Sou muito melhor organizando ideias que pilhas de papel. Se há algo a meu favor é que posso escrever em qualquer lugar na minha casa e em muitos outros lugares também. Eu amo escrever na cama, e eu tenho uma cadeira favorita na nossa sala de estar, onde às vezes coloco meu laptop para mudar o cenário. Minha adoração por café também é conhecida.
Existe algum livro que você sempre volta a ler?
Montes e montes. Quando estou trabalhando, é difícil ler novos livros (mas quando não estou escrevendo minhas próprias histórias devoro os de outros autores). Então, se não estou escrevendo, volto a reler. Tenho relido todos de Jane Austen, para que eu possa sempre ver o desenho da carta na página, eu amo Colette, Katherine Mansfield, Dorothy L. Sayers, Marsh Ngaio, E.F. Benson e P.G. Wodehouse, todos eles estão do lado da minha cama. Tenho lido muitos jornais e biografias, Chips Channon também está na estante junto da cama, assim como a mencionada Segredos da Carne e tudo que é relevante a Fance Donaldson.
A. S. Byatt deu o que falar quando disse que o Prêmio Orange foi machista. Você acha que deveria haver uma categoria separada para reconhecer as mulheres?
Bem, não há dúvidas que as escritoras estão insuficientemente representadas no que diz respeito à grande vitória dos prêmios literários (ao contrário dos prêmios da literatura infantil, que são mais ou menos iguais). É evidente que há duas possíveis conclusões que surgem em relação aos homens que são sempre reconhecidos e premiados: as escritoras não têm talento como os escritores, ou os prêmios do mundo da grande literatura ecoam a baixa representação das mulheres em outras áreas da sociedade. Apoio o último ponto de vista e dizer que o Prêmio Orange é uma obra útil para dar aos melhores escritores do dia o tipo de exposição que não teriam de outra maneira.
Confesse qual é o seu prazer de leitura de “culpa”.
Aquelas do tipo “Quem matou quem?”, especialmente da Idade de Ouro – Christie, Sayers, Allingham e Marsh. Embora, sendo honesta, não me sinto culpada por eles. A leitura de revistas é ruim, nesse ponto me sinto mais envergonhada de mim mesma.
Harry Potter e a Pedra Filosofal foi publicado em 1997. De lá, como você mudou como escritora?
Espero que tenha melhorado. Creio que melhorei.
Um debate que não tem fim e que surgiu recentemente sobre a literatura: Quão diferente é a ficção na literatura e do gênero ficção?
Sempre houve uma sobreposição. Como por exemplo com J.G. Ballard, sendo um exemplo moderno que me vem à mente, um autor maravilhoso que transcende o gênero de ficção científica. Sou bastante indiferente quanto a distinção entre ficção literária e o gênero de ficção, e salto livremente entre os dois como leitora. O chamado gênero de ficção nos tem dado personagens imortais como Sherlock Holmes, James Bond e Ford Prefect, que influenciaram na nossa cultura e idioma, então para que esforçar-se para diferenciar um do outro?
Conte-nos seus talentos secretos, além de bolos.
Ia dizer os bolos, assim me deixou sem saber o que dizer. Gosto de resolver Sudokus difíceis – isso conta como talento?. Também tenho dedos preênseis, embora na verdade imagino que isso é uma distorção. Ninguém iria querer me ver escrever com os pés.
Entrevista com a Jo em 04/06/11
O Cavalinho Branco, de Elizabeth Goudge. O tom é perfeito, uma mistura perfeita de contos de fadas e realidade. Também tem um protagonista, claro, que me agradou muito além das palavras, porque eu era uma menina muito normal e eu não tinha conhecido muitas heroínas literárias que não foram impressionantemente bonitas. Os parágrafos iniciais de O Cavalinho Branco estiveram comigo por toda a minha vida. Goudge disse que há três classes de pessoas neste mundo: os que encontram consolo na comida, os que encontram consolo na literatura e os que encontram consolo em objetos pessoais. Eu sei que eu li Little Women quando tinha oito anos, porque mudamos de casa um pouco depois, quando eu tinha nove anos. Naturalmente, de todo o coração me identifiquei com Jo March, a de ambição literária e que tem gênio ruim. Minha mãe tinha tudo escrito por Georgette Heyer, e assim eu também os devorei quando era uma pré-adolescente, e finalmente encontrei uma plena heroína (Phoebe, de Silvestre, que também resultou em escritora). Basicamente, eu vivia para os livros, e fui inspirada pelos personagens literários com os quais pude me identificar – eu era uma leitora ávida de biblioteca, de lugares comuns ou jardins, com sardas e óculos do Instituto Nacional da Saúde.
Livros Eletrônicos: Nêmesis ou Gênesis?
Gênesis. Não há razão para tentar parar o progresso, mas a impressão não vai morrer nunca, não há substituto para a sensação de um livro real. Adoro fisicamente virar as páginas, ser capaz de sublinhar passagens e não me preocupar se cair na banheira ou ficar sem energia. Eu também acho que os livros impressos são objetos de beleza, e não falo como uma colecionadora de objetos preciosos, de primeiras edições que não podem ser muito abertas para evitar danos, mas como alguém que adora um livro novo, brilhante, e o cheiro dos livros usados. No entanto, há momentos em que os livros eletrônicos são uma bênção. Esqueci de pegar para o meu filho menor um livro para antes de dormir quando estávamos longe de casa no ano passado, e realmente gostei da magia de ser capaz de baixar um em questão de segundos! Este verão será a primeira vez que levo cinquenta livros eletrônicos para ler enquanto estamos de férias, no lugar de levar uma mala com livros impressos.
Que palavra ou frase usa excessivamente, por escrito ou na vida?
Não estou orgulhosa de dizer que é provavelmente um palavrão do cotidiano. Quando escrevi os livros de Harry Potter, me agarrei ás palavras “passagem”, “corredor” e todas as demais relativas ao movimento de meus herois em torno do castelo de Hogwarts.
Existe algum livro que mudou sua vida? Se sim, como?
Bom, deixando de lado a resposta óbvia (Harry Potter e a Pedra Filosofal), teria que escolher Jessica Mitford e o livro Hons and Rebels. Minha tia-avó pensava que Jessica Mitford era uma personagem simplesmente deplorável e eu a ouvi dizer para minha mãe tudo sobre ela, quando eu tinha quatorze anos. Mostrei interesse de modo que a tia Ivy me deu uma cópia antiga da autobiografia de Mitford, sem dúvida, para afastá-la de sua biblioteca respeitável. Foi o livro mais perigoso que se pode dar a um adolescente insatisfeito que aprende o inverso; Jessica Mitford imediatamente se tornou minha heroína, eu li tudo que ela tinha escrito, e acabei colocando o nome dela na minha filha mais velha.
O que te anima ou te deprime no mundo da publicação atual?
Eu me sinto um pouco fora da onda nesse aspecto, por não ter publicado durante alguns anos. Meu agente disse que é um momento difícil para um desconhecido publicar, mas creio que se tem algo bom para mostrar, vai finalmente triunfar.
Os escritores sempre reclamam que têm pouco tempo. Entre as responsabilidades da família, trabalho, caridade e exigências editoriais, você pode encontrar um espaço criativo?
Tem que ser muito disciplinado. Na biografia maravilhosa de Collete, Segredos da Carne, Judith Thurman escreve que ser mãe é escrever, às vezes, ocupações conflitantes. Isso é verdade. Meus filhos vêm antes do meu trabalho, mas quando estou profundamente imersa em uma história, a escrita vem antes de responder aos emails e cartas, fazer chamadas, fazer trabalhos mundanos em casa – quase tudo. Disto se segue que eu tenho amigos extremamente pacientes e um marido maravilhoso e tolerante.
Você poderia descrever sua sala de leitura e o que ela tem de interessante?
Compartilho uma sala de estudo com meu marido, então existem dois equipamentos, um apoiado no outro, uma mesa para os dois, mas tenho um quarto só pra mim durante o dia. Meu lado da mesa é um perigo para a saúde. Ao meu redor existe, por exemplo, uma casca de laranja seca, uma caixa de plástico de mirtilos vazia, metade de um saco de pretzels salgados (faz duas semanas que está ali), uma caixa vazia que tinha colírio, vários livros de referência, um telefone fora de vista enterrado em pedaços de papel, jornais velhos, muitas penas (a maioria não funciona), um par de óculos quebrados e um brinco só. O resto do quarto é bom, mas não muito se depender do meu lado da mesa. Gostaria de culpar Neil por alguma coisa, mas realmente sou eu. Sou muito melhor organizando ideias que pilhas de papel. Se há algo a meu favor é que posso escrever em qualquer lugar na minha casa e em muitos outros lugares também. Eu amo escrever na cama, e eu tenho uma cadeira favorita na nossa sala de estar, onde às vezes coloco meu laptop para mudar o cenário. Minha adoração por café também é conhecida.
Existe algum livro que você sempre volta a ler?
Montes e montes. Quando estou trabalhando, é difícil ler novos livros (mas quando não estou escrevendo minhas próprias histórias devoro os de outros autores). Então, se não estou escrevendo, volto a reler. Tenho relido todos de Jane Austen, para que eu possa sempre ver o desenho da carta na página, eu amo Colette, Katherine Mansfield, Dorothy L. Sayers, Marsh Ngaio, E.F. Benson e P.G. Wodehouse, todos eles estão do lado da minha cama. Tenho lido muitos jornais e biografias, Chips Channon também está na estante junto da cama, assim como a mencionada Segredos da Carne e tudo que é relevante a Fance Donaldson.
A. S. Byatt deu o que falar quando disse que o Prêmio Orange foi machista. Você acha que deveria haver uma categoria separada para reconhecer as mulheres?
Bem, não há dúvidas que as escritoras estão insuficientemente representadas no que diz respeito à grande vitória dos prêmios literários (ao contrário dos prêmios da literatura infantil, que são mais ou menos iguais). É evidente que há duas possíveis conclusões que surgem em relação aos homens que são sempre reconhecidos e premiados: as escritoras não têm talento como os escritores, ou os prêmios do mundo da grande literatura ecoam a baixa representação das mulheres em outras áreas da sociedade. Apoio o último ponto de vista e dizer que o Prêmio Orange é uma obra útil para dar aos melhores escritores do dia o tipo de exposição que não teriam de outra maneira.
Confesse qual é o seu prazer de leitura de “culpa”.
Aquelas do tipo “Quem matou quem?”, especialmente da Idade de Ouro – Christie, Sayers, Allingham e Marsh. Embora, sendo honesta, não me sinto culpada por eles. A leitura de revistas é ruim, nesse ponto me sinto mais envergonhada de mim mesma.
Harry Potter e a Pedra Filosofal foi publicado em 1997. De lá, como você mudou como escritora?
Espero que tenha melhorado. Creio que melhorei.
Um debate que não tem fim e que surgiu recentemente sobre a literatura: Quão diferente é a ficção na literatura e do gênero ficção?
Sempre houve uma sobreposição. Como por exemplo com J.G. Ballard, sendo um exemplo moderno que me vem à mente, um autor maravilhoso que transcende o gênero de ficção científica. Sou bastante indiferente quanto a distinção entre ficção literária e o gênero de ficção, e salto livremente entre os dois como leitora. O chamado gênero de ficção nos tem dado personagens imortais como Sherlock Holmes, James Bond e Ford Prefect, que influenciaram na nossa cultura e idioma, então para que esforçar-se para diferenciar um do outro?
Conte-nos seus talentos secretos, além de bolos.
Ia dizer os bolos, assim me deixou sem saber o que dizer. Gosto de resolver Sudokus difíceis – isso conta como talento?. Também tenho dedos preênseis, embora na verdade imagino que isso é uma distorção. Ninguém iria querer me ver escrever com os pés.
Entrevista com a Jo em 04/06/11
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